sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

DECLARO-ME VIVO!

“Saboreio cada momento, antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava. Entretanto, apesar do meu esforço pra ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário! Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.

A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.

Sou guerreiro:

A minha espada é o amor,

O meu escudo é o humor,

O meu espaço é a consciência,

O meu texto é a liberdade.

Perdoem-me se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum.

Prefiro a imaginação dos que têm embutida a inocência.

É possível que tenhamos que ser apenas seres humanos.

Sem amor nada tem sentido,

sem amor estamos perdidos,

sem amor corremos o risco de estarmos caminhando de costas para a Luz. Por esta razão é muito importante que a penas o Amor inspire as nossas ações. Anseio que descubras a mensagem por trás das palavras, não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.

A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam os outros.

A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa.

Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.

É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós.

Porém não permita que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho terás um cárcere.

Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.

Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.

As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade que a sensação de felicidade lhes parece estranha.

As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.

A vida é um cântico a beleza, uma chamada à transparência.”

Chamalú ( Índio Quéchua)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

Florbela Espanca

Amar!



Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...

Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca